LOC.: A crise hídrica que afeta o Distrito Federal desde o segundo semestre do ano passado, pode piorar ainda mais nos próximos meses. A avaliação é do professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília, Carlos Henrique Ribeiro Lima. De acordo com o professor, o nível de água nos reservatórios de Santa Maria e do Descoberto é insatisfatório para o período de seca que vem por aí.
TEC./SONORA: Carlos Henrique Ribeiro Lima, professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília
“Se você for olhar o nível dos reservatórios – do Descoberto e de Santa Maria – eles estão pouco acima de 50%. E a gente está nesse início [de estação seca] com eles praticamente apenas com a metade do nível esperado. E quando chegar o final da estação seca, em setembro/outubro é esperado que esses níveis estejam mais baixos ainda. Próximos a uma situação emergencial”.
LOC.: Para Carlos Henrique Barbosa, esse problema está sendo minimizado com o racionamento que acontece toda a semana no DF. De acordo com o professor, no entanto, os brasilienses precisam ficar atentos para que a economia de água se torne um hábito. Carlos Henrique Barbosa explica que, se a próxima estação tiver poucas chuvas e os níveis dos reservatórios continuarem baixos, talvez o governo precise aumentar os dias do racionamento.
TEC./SONORA: Carlos Henrique Ribeiro Lima, professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília
“Vai ser difícil recuperar os níveis do sistema. E esse racionamento pode continuar no ano que vem. Eventualmente ser dois dias, ou ser três dias até o próximo ano, até 2018.
LOC.: Referência em políticas públicas de educação no Brasil, o senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, aposta nas crianças como as principais representantes dessa nova mentalidade de consumo.
TEC./SONORA: Cristovam Buarque, senador (PPS-DF)
"É preciso convencer as crianças a não deixar torneira aberta - a não ser durante o tempo que precisa - a reservar água na cozinha, no banheiro, não lavar carro, não aguar planta com água limpa. Eu acho que a pedagogia devia ser, um lado é esse, nas escolas."
LOC.: Ao todo, no Distrito Federal, 2,3 milhões de moradores são afetados com a falta d’água. De acordo com a Companhia de Saneamento Ambiental do DF, a Caesb, o racionamento vai continuar pelo tempo necessário para que se restabeleçam as condições de segurança hídrica do abastecimento pelos reservatórios de água.
Com a colaboração de Hédio Júnior, reportagem, Bruna Goularte