LOC.: As teorias sobre a evolução da espécie humana podem não ser mais as mesmas daqui em diante. Isso porque um grupo de pesquisadores descobriu que fósseis de indivíduos muito parecidos com o homem atual, encontrados no Marrocos, datam de pelo menos 100 mil anos antes do que se imaginava.
Até então, os grupos fósseis mais antigos de que se tinham registros eram de aproximadamente 200 mil anos atrás. Já o novo material tem cerca de 300 mil anos.
Para a arqueóloga Niède Guidon, essas descobertas fazem parte da vida dos pesquisadores, que segundo ela, estão sempre sujeitos a mudar conceitos já inseridos até nos livros de história.
TEC./SONORA: Niède Guidon, arqueóloga
“Os dados do arqueólogo estão enterrados, então o que nós sabemos hoje pode mudar com aquilo que vamos descobrir amanhã. Quer dizer que a arqueologia, à medida que as pesquisas continuam, que se escava em um lugar que nunca tinha sido escavado, se descobrem coisas novas.”
LOC.: Outra teoria que perdeu sustentação depois da descoberta, é a de que a espécie humana evoluiu apenas no Leste da África, já que os fósseis mais antigos foram encontrados no Norte do continente africano. Para Niède Guidon, a possibilidade de a evolução humana ter acontecido também em outras partes do planeta não é descartada.
TEC./SONORA: Niède Guidon, arqueóloga
“Estão fazendo pesquisa sobre Homo Sapiens muito antigos também na Europa. Quer dizer, à medida que a pesquisa avança, novas descobertas serão feitas.”
LOC.: No mesmo local que foram encontrados os fósseis, os pesquisadores também identificaram sinais de uso do fogo por esses povos e a utilização de ferramentas de pedra.
Reportagem, Marquezan Araújo
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