Ceará deve enfrentar crise hídrica até o final do ano, diz meteorologista

Os 155 açudes espalhados pelo estado têm capacidade para acumular 18, 64 bilhões de metros cúbicos de água. Porém, atualmente, o volume total só chega a 2,7 bilhões de metros cúbicos.

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O volume de chuva no Ceará diminuiu e os reservatórios começaram a registrar baixas que preocupam tanto as autoridades, quanto a população. De acordo com a Secretaria Estadual de Recursos Hídricos, os 155 açudes espalhados pelo estado têm capacidade para acumular 18, 64 bilhões de metros cúbicos de água. Porém, atualmente, o volume total só chega a 2,7 bilhões de metros cúbicos.

O presidente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (COGERH), João Lúcio Farias, reconhece que o estado passa por um momento difícil. Mas, ele ressalta que medidas estão sendo adotadas pelo governo local para diminuir o problema.

“O programa de perfuração de poços e o programa de transferência de água através de adutoras de montagem rápida. Já foram feitos mais de 1.400 quilômetros de adutora, transferindo água de uma região para outra. Nos últimos três anos, já construímos 3.800 poços.”

Segundo a COGERH, 42 açudes já estão com a capacidade no volume morto e 138 estão com volume abaixo de 30%. De acordo com a meteorologista consultora do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Ingrid Peixoto, a seca no estado pode se agravar ainda mais, já que só deve chover suficiente para encher os reservatórios no final do ano.

“No mês de agosto, iniciou-se a estação mais seca da região. De modo que, se ocorrer chuva, será de forma bem isolada e no litoral. Em Fortaleza, os meses menos chuvosos ainda estão por vir. Sendo a média de chuva de apenas 13 milímetros em outubro e 11 milímetros em novembro. O final da estação seca termina em dezembro.”

Ainda segundo a COGERH, o estado já investiu cerca de R$ 1,3 bilhão em projetos de transposição de água, perfuração de poços e operações de carros-pipa.

Reportagem, Marquezan Araújo
 

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