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Banco de Leite Humano da Maternidade Odete Valadares registra queda de 13% no volume de leite materno coletado este ano

Centro de Referência em Minas Gerais, registrou queda de 13% no volume de leite materno doado nos quatro primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2019

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Centro de Referência em Minas Gerais, o Banco de Leite Humano (BLH) da Maternidade Odete Valadares, em Belo Horizonte, registrou queda de 13% no volume de leite materno doado nos quatro primeiros meses deste ano em comparação com o mesmo período de 2019, conforme dados da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH).

Em todo o país, houve queda de 5% no número de doadoras. Para autoridades em saúde, a queda generalizada pode ser explicada pela pandemia do novo coronavírus, que modificou a rotina de funcionamento de alguns Bancos de Leite Humano e gerou medo nas potenciais doadoras. No entanto, o Ministério da Saúde afirma que com os cuidados necessários, é possível manter a rotina de doação. 

De acordo com o órgão, cerca de 330 mil bebês prematuros precisam da doação de leite materno no Brasil, todos os anos. Infelizmente, a coleta só é suficiente para suprir a necessidade de 45% dessas crianças. Por isso, Danielle Aparecida da Silva, coordenadora do Banco de Leite Humano (BLH) do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente (IFF/Fiocruz), faz um apelo para que mais mães contribuam. 

“Uma mulher que esteja produzindo leite materno em quantidades excedentes ao que o seu bebê consome, pode entrar em contato com um Banco de Leite Humano e ajudar a salvar esses pequenos bebês prematuros e internados em UTI’s Neonatais. Mais do que ajudando na nutrição, ela vai ajudar na proteção desse bebê e, também dar esperança de vida para uma família.”

A engenheira Luiza Freire Vidigal, 33, moradora de Belo Horizonte, começou a doar leite materno para a Maternidade Odete Valadares desde o nascimento do primeiro filho, Henrique. Agora, após a chegada do segundo bebê, Marcelo, ela voltou a contribuir com o Banco de Leite Humano, doando ainda mais do que conseguia no início. Ela afirma que o faz como um gesto de gratidão e incentiva outras mães a doarem. 

“Sempre terão crianças precisando e quando a gente vê o nosso filhinho saudável no nosso braço, temos que pensar que tem outras crianças que nasceram prematuras e mães que não estão conseguindo amamentar, e que a gente pode ajudar, fazendo o bem para esses bebês e para essas mães.”

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O BLH da Maternidade Odete Valadares está localizado na Avenida do Contorno, em Belo Horizonte. A unidade funciona para coleta de leite materno presencial, de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h. No entanto, devido ao medo de muitas mães por conta do coronavírus, o Banco de Leite Humano também faz coleta domiciliar. A explicação do processo é feita por telefone e a equipe de coleta da unidade entrega o kit (touca, máscara e pote de vidro) sem entrar na residência. Para contribuir, basta ligar para o telefone (31) 3337-5678 ou (31) 3337-5678. 

“Doe leite materno. Nessa corrente pela vida, cada gota faz a diferença”. Para mais informações, ligue 136 ou acesse o site saude.gov.br/doacaodeleite.

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