Foto: Yasmin Fonseca/MIDR
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Reportagem:
Data de publicação: 26 de Agosto de 2025, 14:00h
O AgroAmigo chega ao Norte e ao Centro-Oeste para ser o apoio financeiro dos pequenos produtores rurais. O nome do programa de microcrédito, que já é uma referência no Nordeste, passa a ser uma política nacional. O lançamento da campanha de comunicação "AgroAmigo — Microcrédito pertinho da gente" foi celebrado nesta segunda-feira (25), em uma cerimônia promovida pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), no auditório da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, em Brasília. O evento contou com a participação de representantes dos ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar, e da Pesca e Aquicultura.
Desde a promulgação da Constituição de 1988, quando foram criados os Fundos Constitucionais, nunca havia sido feito um programa de microcrédito com esse subsídio, nem na Amazônia e nem no Centro-Oeste. Segundo o ministro Waldez Góes, no Nordeste existe um dos modelos de microcrédito mais promissores da América Latina. “Hoje são movimentados quase R$ 10 bilhões em operações de microcrédito no Nordeste”, pontuou.
“Não é só o microcrédito que promove geração de renda, diminuição de desigualdades, e crescimento dos indicadores socioeconômicos. Tanto o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) quanto o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) são programas do Governo Federal para comprar dos pequenos produtores e apoiar diversas cadeias produtivas e projetos sociais. Existe a política de aquisição de alimentos, mas a política de microcrédito não é amplamente difundida, a produção fica concentrada na mão de poucos”, explicou o ministro.
Em 2024, o MIDR deu início a uma fase experimental da nova modalidade de crédito no Norte e no Centro-Oeste com um montante de R$ 300 milhões. Para isso, uniu forças com a Caixa Econômica Federal, que se posiciona como um parceiro estratégico ao lado dos bancos que tradicionalmente já operam recursos dos Fundos Constitucionais — o Banco do Brasil e o Banco da Amazônia. Em julho deste ano, foi anunciado R$ 1 bilhão para ampliar o número de produtores beneficiados pelo AgroAmigo, com a meta de alcançar 100 mil famílias enquadradas no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Para o superintendente da Sudam, Paulo Rocha, os Conselhos Deliberativos das Superintendências de Desenvolvimento desempenharam importante papel na implementação do microcrédito, respeitando as vocações produtivas de cada região. “À medida que fazemos chegar essa política pública ao pequeno produtor, não apenas o estamos integrando ao processo de crédito, para que ele possa produzir mais, como também estamos planejando um desenvolvimento em que o pequeno terá papel fundamental. E vamos agregar a participação de grandes, médios e pequenos empreendedores, em uma dinâmica que nos permita verticalizar nossas riquezas também no Amazonas”, afirmou.
Microcrédito
O Agroamigo abrange grupos diversos, desde assentados, ribeirinhos, comunidades extrativistas e pescadores, a indígenas e quilombolas. É importante ressaltar que esse programa é voltado para famílias com renda bruta anual de até R$50 mil que se dedicam a atividades agrícolas como forma de subsistência.
A linha de crédito conta com limites diferenciados conforme o perfil do beneficiário: até R$ 15 mil para mulheres, R$ 8 mil para jovens (pessoas com idade entre 18 e 29 anos) e R$ 12 mil para homens. Dessa forma, uma mesma unidade familiar poderá acessar até R$ 35 mil, desde que seus integrantes se enquadrem nas categorias previstas na regulamentação vigente.
Clique aqui e acesse a página do AgroAmigo para saber como ter direito ao microcrédito rural.
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