Rodoviária do Plano Piloto, Brasília (DF). Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília
Rodoviária do Plano Piloto, Brasília (DF). Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

Especialistas discutem redução do volume de passageiros no transporte coletivo nas cidades brasileiras

Representantes do MDR e do Ipea debateram tendência de substituição do transporte coletivo pelo individual, apontada em estudo

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Técnicos do Governo Federal participaram, nesta terça-feira (10), de debate sobre as transformações sofridas pelo setor de transporte coletivo e individual nos últimos dez anos. Participaram representantes do Ministério do Desenvolvimento Regional, o MDR, e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea.

A conversa teve como referência em um estudo produzido pelo Ipea que levantou informações sobre os gastos das famílias com transporte coletivo e individual, entre outras variáveis.

De acordo com o levantamento, nos últimos anos, houve uma queda do consumo do transporte coletivo em todas as faixas de renda e um aumento do transporte individual para todas as faixas de renda. 

Para Carolina Baima, coordenadora-geral de Gestão de Empreendimentos do MDR, o diagnóstico aponta para uma redução do volume de passageiros no transporte coletivo. 

Ela destacou que o Governo Federal vem dialogando para estabelecer nova legislação que permita reverter essa situação.

"O resultado da pesquisa confirma o que a gente já vê cotidianamente. O transporte coletivo vem perdendo espaço para o transporte individual. Andar de ônibus, trem e metrô está ficando mais caro e os tempos de deslocamento crescem, sobretudo pelo aumento do número de automóveis em circulação. E estamos buscando mobilizar esforços para a elaboração de um novo marco regulatório do transporte público, que possibilite exatamente a recuperação e o fortalecimento dessa atividade, que é essencial para o funcionamento das cidades."

A publicação é fruto de um termo de execução descentralizada (TED) firmado entre o MDR e o Ipea em novembro de 2019, com validade até novembro de 2022. Ela será utilizada como ferramenta para o acesso da população aos mais diversos tipos de serviços públicos – como educação, saúde e oportunidades de emprego – por meio de diferentes meios de transporte nos maiores centros urbanos do País.

O acordo com a fundação pública vinculada ao Ministério da Economia prevê a realização de seminários com o poder público local, treinamentos para a equipe do Departamento de Projetos de Mobilidade e Serviços Urbanos (Demob) da Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano (SMDRU) do MDR, além da publicação de estudos com o panorama da mobilidade urbana no Brasil e avaliação de empreendimentos da carteira apoiada pelo Demob.

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